Foto 1 - SSP medidas adotadasEm  resposta aos episódios ocorridos na noite desta sexta-feira (3), na Região Metropolitana de São Luís, o Sistema de Segurança do Maranhão efetuou a prisão de três pessoas suspeitas de participação nos ataques a ônibus. Além disso, o efetivo tanto da Polícia Militar (PM) como da Polícia Civil foi aumentado e haverá uma série de operações sendo desencadeadas a partir deste sábado (4), sem previsão de término.

As medidas foram discutidas durante reunião realizada no gabinete do secretário de Segurança Pública, Aluisio Mendes, com a presença da cúpula das Polícias Civil e Militar e do Corpo de Bombeiros, visando inibir e combater as ações criminosas registradas na noite da última sexta-feira (3) em quatro bairros da capital.

“As ações que estão sendo deflagradas são uma estratégia de estabilização dessa situação que houve na noite de ontem [sexta-feira]. Temos informações comprovadas do Setor de Inteligência Policial de que esses ataques são uma resposta ao sistema de moralização e de retomada da disciplina do Sistema Penitenciário, determinado pela governadora Roseana Sarney. É uma ação que vai continuar ocorrendo, para que não haja mais mortes nas unidades prisionais do estado”, declarou Aluisio Mendes.

Por determinação do secretário de Segurança, as forças policiais estão distribuídas em todas as regiões cidade para garantir a tranquilidade da população. Na análise do Sistema de Segurança, essas ações de bandidos são uma tentativa de reação às medidas adotadas pelo Governo Estadual por meio da Polícia Militar, visando disciplinar, organizar e combater a criminalidade nas unidades prisionais da capital.

A Polícia Civil ampliará suas equipes nos quatro plantões da capital, bem como da Superintendência Estadual de Investigações Criminais (Seic). O Serviço de Inteligência, com apoio de homens do Batalhão de Choque, de todas as unidades e de duas aeronaves do Grupo Tático Aéreo (GTA), desenvolverá ações e operações de modo a ocupar toda a grande São Luís.

Além das medidas de aumento no efetivo, deflagração de operações simultâneas em pontos estratégicos, equipes do Corpo de Bombeiros também estarão espalhadas em vários pontos de São Luís com uma ação de prevenção a novos episódios que ocorram. “Todo o sistema de segurança está mobilizado de uma forma mais intensa e presente para coibir estes crimes,” afirmou o secretário.

 

Atuação da PM

O comandante geral da Polícia Militar, coronel Aldimar Zanoni Porto, garantiu que os trabalhos dentro dos presídios de Pedrinhas irão continuar. “Vamos dar continuidade às atividades de revista, patrulhamento e presença permanente de guarnições da PM nas unidades prisionais. Nosso foco é restabelecer a ordem e a disciplina de maneira coerente, para que os internos possam ter sua integridade física preservada e assim, evitando que ocorram novos homicídios nestes locais”, disse.

Ele observou, ainda, que desde a noite de sexta-feira (3), todos os batalhões já intensificaram as ações, aumentando o número de abordagens e prisões, a fim de retirar armas de circulação, recuperar veículos roubados e prender bandidos. “Estamos unidos ao Sistema de Segurança e daremos uma resposta enérgica a essas facções”, ressaltou Zanoni.

 

Investigação

Assim como nos outros episódios em que ônibus também foram queimados e trailers da Polícia Militar foram alvos de ataques de criminosos, fatos ocorridos em outubro e novembro do ano passado, Mendes garantiu que já identificou de onde são as ordens, quem as determinou e quem as cumpriu. “Assim como na outra ocasião prendemos todos os envolvidos, faremos da mesma forma desta vez. Já temos claramente quem deu a ordem como deu e quem a recebeu e como a executou. Estamos trabalhando no sentido de prender os que ainda estão nas ruas, cometendo essas ações. Iremos imputar aos que estão detidos, mais esse crime”, comentou.

Aliado ao trabalho investigação, a delegada Geral, Maria Cristina Resende, afirmou que mais um plantão da Delegacia de Homicídios com uma equipe diária composta por um delegado, quatro investigadores e um escrivão permanecerá dentro do Sistema Penitenciário para registrar as ocorrências relacionadas aos crimes contra a vida nos presídios.

 

Ocorrências

De acordo com o Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), foram registrados quatro episódios envolvendo ônibus coletivo. O primeiro ocorreu no Bairro do João Paulo, onde cerca de cinco elementos interceptaram o veículo, mandaram os passageiros descerem e atearam fogo.

Houve também ataques na Vila Sarney, Ilhinha e uma tentativa no Jardim América. Em todas as ocorrências, as polícias Militar, Civil e o Corpo de Bombeiros foram acionados. O 9º Distrito Policial (São Francisco) também foi alvo dos bandidos.

O cidadão que presenciar algum fato, atitude suspeita ou tiver informações sobre o envolvimento de pessoas nos ataques pode denunciar através dos telefones 190, do Centro Integrado de Operações de Segurança (Ciops), ou do Disque Denúncia (3223 5800).

Participaram da reunião na SSP, os subsecretários da Secretaria de Justiça e Administração Penitenciária (Sejap), Mário Leonardo Pereira Júnior e Hamilton Louzeiro; o subdelegado geral, Marcos Affonso Júnior; a superintendente de Polícia Civil da Capital, Katherine Chaves; os comandantes gerais Aldimar Zanoni Porto (Polícia Militar) e João Vanderley (Corpo de Bombeiros).