Alvo de investidas do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) desde o lançamento do auxílio emergencial, no ano passado, o Nordeste concentra hoje as maiores taxas de rejeição ao atual ocupante da Presidência. Pesquisa Datafolha indica que 62% dos moradores da região não votariam de jeito nenhum em Bolsonaro. Em todo o país, a rejeição é de 54%.
O levantamento também indica que Bolsonaro terá dificuldade para repetir a fórmula usada no ano passado de reverter a avaliação negativa com base no auxílio: 87% dos eleitores disseram ao Datafolha que consideram insuficiente o novo valor do benefício — as parcelas variam entre R$ 150 e R$ 375.
A avaliação do governo Bolsonaro também atingiu a pior marca desde o início do mandato. O percentual dos que consideram a gestão ótima ou boa caiu de 30% em março para 24%.
Em foco: as intenções de voto para a eleição presidencial indicam vantagem do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Bolsonaro no primeiro turno — 41% a 23%. No segundo turno, o petista venceria por 55% a 32%.
Análise: como falta um ano e cinco meses para as urnas, o derretimento de Bolsonaro está longe de ser um fenômeno irreversível. Mas nada indica que o capitão vá se recuperar no médio prazo, afirma Bernardo Mello Franco.
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