Nestes dias de pandemia aproveitei para viajar ao interior do Estado e visitar meus amigos e familiares na minha querida Baixada Maranhense, e mais uma vez constatei um fato já tão dito e redito, que ao longos dos anos continua do mesmo jeito, como se o Maranhão não fizesse parte do Brasil.
Estou falando das estradas que cortam o estado de Norte a Sul, Leste a Oeste, mesmo federais, estaduais e municipais. Tudo igual. Um remendo aqui, outro acolá e assim caminha a humanidade. A realidade é mesma e continua por longos e intermináveis anos.
É triste! Muito triste. Descaso total de todas as esferas de poder, e o cidadão pagante de tantos impostos, acumula prejuízos, muita das vezes até difíceis de pagar.
A principal estrada que começa ainda dentro da capital São Luís e vai até a cidade de Montes Claros em Minas Gerais, é o maior exemplo do abandono e da péssima qualidade de uma BR.
Estou falando da BR-135 em solo maranhense, talvez a pior parte desta estrada, que tem em sua totalidade 2.657 quilômetros, começando no bairro Tirirical em São Luís e termina em Belo Horizonte, capital de Minas Gerais.
Muitos recursos públicos já foram gastos e aplicados nesta estrada, mas até hoje ela não reúne condições de tráfego razoável na parte dentro do estado do Maranhão. Uma duplicação foi iniciada há alguns anos, mas nunca concluída, e contemplaria do Campo de Perizes no município de Bacabeira até Miranda do Norte com cerca de 165 quilômetros.
Só uma pequena parte foi feita, mas os recursos gastos foram mais de 200 milhões de reais, e diga-se, a parte duplicada já precisa de reparos urgentes pois está cheia de buracos.
BATALHÃO DE ENGENHARIA DO EXÉRCITO
Foi uma tremenda festa quando o ministro da Infraestrutura, Tarcísio Freitas esteve no Maranhão e anunciou que o Batalhão de Engenharia do Exército iria assumir as obras de duplicação da BR-135. Soltaram foguetes e fogos de artifício, uma verdadeira festa, agora sim esta estrada iria ser feita como manda o figurino. Ledo engano!
Não passou nem um ano e a velha 135 continua com os mesmos problemas. Minto. Até que o Exército trabalhou na recuperação do trecho do Campo de Perizes sentido São Luís, com uma pavimentação de primeira, dentro dos melhores padrões de primeiro mundo. E foi só.
Não completou a estrada que ainda se ressente de uma boa parte, que inclui a sinistra Curva da Morte já na chegada da ponte Marcelino Machado.
Nesta minha última viagem encontrei os bravos militares do EB trabalhando na BR-135 no perímetro urbano da cidade de Miranda do Norte (uma das mais feias cidades do país), e um serviço muito mau feito, bem como no povoado Pedreira, já em Santa Rita, também de qualidade duvidosa.
Paciência! Vou continuar esperançoso que a (?) bancada parlamentar maranhense no Congresso Nacional, deixe de bater palminhas e oferecer o saboroso Guaraná Jesus ao presidente Jair Bolsonaro e tenha coragem de cobrar o que ele prometeu quando visitou a estrada aqui no Maranhão.
Enquanto isso, em outros estados por onde passa a nossa 135, tem sido bem cuidada e duplicada, já que tem o Dnit forte e atuante, ao contrário da superintendência do Maranhão, que padece de uma sonolência permanente e profunda, não cumprindo sua obrigação.
Como diz a história: Maranhão, que terra boa, onde o poeta nasceu!
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