A tenente-coronel Camila Paiva, do Corpo de Bombeiros de Alagoas, prestou uma queixa na terça-feira após ser alvo de ataques e descobrir que teve seus dados pessoais vazados em grupos que pretendiam usá-los como ameaça. Ela liderou o movimento #AssédioNoQuartel, que resultou em uma campanha de mulheres militares contra o machismo nas corporações, que também usa a hashtag #SomosTodasMarias.
A Universa, Paiva contou que recebeu muitas ameaças, mas que sua maior preocupação veio após seus dados pessoais —telefones, endereço, nomes de familiares, redes sociais— serem divulgados. Relacionadas.
“No domingo, eu recebi a primeira mensagem de ameaça, só que não dei importância. Achei que era besteira, que não ia dar em nada. Dei os prints e bloqueei. Só que na segunda-feira uma bombeira do Acre me disse que uma pessoa que conhecemos [que é acostumada a sofrer ataques] viu em um grupo usado para planejar ataques de ódio fotos e as minhas informações pessoais. Havia tudo meu lá”, conta.
Diante do caso, ela conta que decidiu procurar a polícia e fazer um boletim ocorrência. Ela recolheu todo o material, com prints das mensagens e seus dados pessoais, e levou até a Delegacia de Crimes Cibernéticos em Maceió. “Mesmo eu sendo militar, não tiveram o mínimo receio de me ameaçarem. Essa situação serve para ver como hoje você coloca até a vida em risco por combater esse tipo de machismo”, relata.
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