A fila do desemprego no País contava com 14,048 milhões de pessoas no trimestre encerrado em abril de 2017, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), divulgada nesta quarta-feira, 31, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado significa que há mais 2,636 milhões de desempregados em relação a um ano antes, o equivalente a um aumento de 23,1%.
Ao mesmo tempo, o total de ocupados caiu 1,5% no período de um ano, o equivalente ao fechamento de 1,395 milhão de postos de trabalho.
Como consequência, a taxa de desemprego passou de 11,2% no trimestre até abril de 2016 para 13,6% no trimestre até abril de 2017, a mais alta para esse período do ano já registrada na série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
A taxa de desemprego só não foi mais elevada porque 556 mil brasileiros migraram para a inatividade no período de um ano. O aumento na população que está fora da força de trabalho foi de 0 9% no trimestre encerrado em abril ante o mesmo período de 2016.
O nível da ocupação, que mede o porcentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar, foi estimado em 53,2% no trimestre até abril.
Carteira assinada
Segundo o IBGE, o mercado de trabalho no País perdeu 1,243 milhão de vagas com carteira assinada no período de um ano. O total de postos de trabalho formais no setor privado encolheu 3 6% no trimestre encerrado em abril de 2017, ante o mesmo período do ano anterior, conforme os dados da Pnad Contínua.
O contingente de trabalhadores com carteira assinada no setor privado encolheu para 33,286 milhões de pessoas no trimestre até abril, o menor patamar da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.
Já o emprego sem carteira no setor privado teve aumento de 3,1%, com 306 mil empregados a mais. O total de empregadores cresceu 10,6% ante o trimestre encerrado em abril de 2016, com 395 mil pessoas a mais.
O trabalho por conta própria encolheu 3,1% no período, com 702 mil pessoas a menos nessa condição. Houve redução ainda de 119 mil indivíduos na condição do trabalhador doméstico, 1,9% de ocupados a menos nessa função. A condição de trabalhador familiar auxiliar cresceu 1,8%, com 38 mil ocupados a mais.
Revista Exame
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