O projeto astronômico terrestre mais ambicioso (e caro) até hoje começou suas operações nesta segunda-feira (3) no deserto do Atacama, no Chile. O observatório Alma, uma parceria entre Chile, Europa, Ásia e Estados Unidos, está oficialmente aberto para o uso de astrônomos.
“Alma” é a sigla em inglês para “Grande Rede Milimétrica/submilimétrica do Atacama” – o que significa que a ferramenta vai investigar uma parte do espaço que até agora era invisível para nós: as ondas milimétricas e submilimétricas que estão entre a luz visível e a radiação infravermelha. Com isso, pela primeira vez, os astrônomos poderão enxergar algumas das áreas mais profundas e frias do espaço.
O projeto ainda não está finalizado. Cerca de dois terços das antenas previstas para o observatório ainda estão em construção. Mas, mesmo assim, o Alma já é o maior de seu tipo já construído – e também o mais caro. O total do custo da empreitada passa de US$ 1 bilhão.
A primeira imagem feita pelo grupo, da galáxia da Antena (abaixo), foi obtida por apenas 12 telescópios – bem menos que os 66 que estarão disponíveis quando o observatório estiver terminado. Segundo os responsáveis pelo projeto, imagens futuras serão maiores e de melhor qualidade.
A primeira fase de pesquisas do Alma deve durar nove meses e cerca de 100 projetos de pesquisa utilizarão suas instalações. Ao todo, os administradores do observatório já receberam mais de 900 propostas de estudos.
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