Com 3.595 metros de comprimento, a Ponte Rio Negro é considerada a maior ponte estaiada (com 400 metros de trecho suspensos por cabos) do Brasil em águas fluviais e a segunda no mundo, atrás apenas da ponte sobre o rio Orinoco, na Venezuela.
Ao lado do Teatro Amazonas, vem sendo considerado o maior e mais importante monumento arquitetônico do Estado, além de representar um marco na integração da Região Metropolitana de Manaus (RMM), criada em 2007 com oito municípios amazonenses e cerca de 2 milhões de habitantes.
O empreendimento, que liga Manaus ao município de Iranduba (a 27 quilômetros da capital), representa, entre outras coisas, uma solução logística para o escoamento da produção e o transporte de pessoas. Do total de recursos aplicados, R$ 586 milhões foram financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e R$ 513 milhões do Governo do Amazonas. A obra principal foi executada pela construtora Camargo Correa.
O custo total da obra é de R$ 1,099 bilhão. O montante inclui, além dos 3.595 metros da ponte, obras complementares – construção de 7,4 quilômetros de acessos viários do lado de Manaus (1,9 quilômetros) e Iranduba (5,5 quilômetros), implantação do sistema de proteção dos pilares contra choque de embarcações, sistema de sinalização náutica e o sistema de iluminação da ponte – cênica e convencional e dos acessos.
Segundo o governador do Amazonas, Omar Aziz, a organização do Estado foi primordial na realização da obra. “Com planejamento e organização, consegui cumprir o compromisso assumido de entregar a ponte, sem comprometer as finanças do Estado, mas o mérito maior dessa obra magnífica é de todo o povo do Amazonas, que pagou por ela”, destacou.
O governo já prevê novos investimentos em infraestrutura na RMM como a implantação da Cidade Universitária da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), em Iranduba, que também ganhará uma Central de Abastecimento, orçada em R$ 5,5 milhões, para atender feirantes, comerciantes e produtores rurais deste município, além de Manacapuru, Novo Airão, Careiro e adjacências.
Em Manacapuru (a 68 quilômetros de Manaus), com a revitalização do porto da cidade, a meta do governo estadual é tornar o município um entreposto de cargas, reunindo produtos de outras cidades amazonenses com destino ao mercado de Manaus. Para fomentar este corredor, o Estado também já conta com um projeto para duplicação da rodovia Manoel Urbano (AM-070), para o qual aguarda liberação de financiamento do BNDES, da ordem de R$ 162 milhões. A estrada liga Iranduba a Manacapuru.
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