O município maranhense de Buriticupu corre o risco de desaparecer devido a um fenômeno geológico. Caracterizadas por crateras imensas no solo, as voçorocas já se desenvolvem há mais de 30 anos na cidade, mas o cenário se agravou em decorrência das chuvas recentes.

 

O que são voçorocas? 

 

As voçorocas são fenômenos geológicos que surgem como pequenas fendas no solo, mas se desenvolvem formando grandes crateras e atingindo o lençol freático. 

 

Geralmente, são provocadas pela força da água da chuva, em solos onde a vegetação é escassa e que se tornam suscetíveis ao carregamento em enxurradas.

 

O termo voçoroca vem do tupi-guarani, “yby-soroc”, (iby = terra e soroc = fenda), e significa terra rasgada, ruptura na terra. 

O Fenômeno também é chamado de boçoroca ou buracão.

 É um tipo de erosão mais profunda, drástica e agressiva, e pode ser resultado da combinação de vários tipos de erosão.

Pode ser causado pela chuva, mas também pela ação do homem — com práticas agrícolas e pecuárias ou ocupação urbana inadequada. 

Costuma acontecer em locais com solos pobres, secos e pouco sedimentados, e onde a vegetação não atua mais como fator de proteção 

Tem rápida evolução e pode originar desabamentos e deslizamentos.

A combinação de erosão pluvial, causada pelas chuvas, e a saída da água.

Não é reversível e gera uma transformação permanente da paisagem.

O que aconteceu:

 Mais de 20 crateras enormes surgiram ao redor de Buriticupu, cidade com mais de 70 mil habitantes e a cerca de 400 quilômetros da capital do Maranhão, São Luís. 

 

Alguns buracos chegam a medir 600 metros de extensão e até 70 metros de profundidade.

 

 O Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional reconheceu o estado de calamidade pública no município no final de março.

 

 O fenômeno geológico, conhecido como voçoroca, acontece há alguns anos em Buriticupu devido ao desmatamento. 

 

No entanto, ele tem se intensificado em razão do período chuvoso, que vai de janeiro a junho na região.

 

 O Governo Federal repassou cerca de R$ 687 mil para atender a cidade. 

Com informações da Agência Brasil e do jornal O Estado de S. Paulo.