Esta manhã, o mundo político brasileiro acordou em polvorosa com a revelação do empresário Paulo Marinho para a jornalista Mônica Bergamo.
Segundo ele, a Polícia Federal segurou a Operação Furna da Onça para 8 de novembro com o objetivo de evitar prejudicar a campanha de Jair Bolsonaro.
A operação foi responsável por revelar o esquema de “rachadinhas” no gabinete de Flávio Bolsonaro, comandado por Fabrício Queiroz, de Rio das Pedras.
A operação era um desdobramento do depoimento do delator Caio Miranda, que foi fruto da operação Cadeia Velha, a operação que antecedeu Furna da Onça e que tinha quem como delegado encarregado?
Isso mesmo, Alexandre Ramagem!
Ramagem não seguiu na operação Furna da Onça e encerrou seu relatório sobre a operação Cadeia Velha em dezembro de 2017.
Uma reportagem do site Intercept Brasil revelou que o procurador Deltan Dallagnol nunca confiou em Ramagem.
Segundo Deltan, Ramagem era um grande amigo do delegado Mario Fanton, que em 2015 havia acusado a operação de manipulação de provas e que acabou sendo denunciado por violação de sigilo funcional.
Dois anos depois, em 2017, a desconfiança de Deltan sob Ramagem aumentou ainda mais quando o procurador Ângelo Goulart Vilela foi preso por suspeita de ter vendido informações sigilosas da operação Greenfield.
O procurador teria dividido casa com Ramagem em Boa Vista e eles ainda trabalharam juntos em Roraima de 2008 a 2011.
Porém não trabalharam juntos na operação Greenfield.
Segundo Paulo Marinho, o delegado desconhecido da PF avisou Flávio uma semana após o primeiro turno, algo próximo de 14 de outubro.
Se eu acho que Ramagem era o sujeito oculto? Não sei. Mas definitivamente essa é mais uma das centenas de misteriosas coincidências que rondam a família presidencial.
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