O presidente da CNI, Robson Braga de Andrade
O presidente da CNI (Confederação Nacional do Comércio), Robson Braga de Andrade, foi preso na manhã desta 3ª feira (19.fev.2019) em uma operação que investiga um esquema de corrupção que teria movimentado mais de R$ 400 milhões.
De acordo com a PF, o esquema de desvios envolve uma mesma família que, desde 2002, fechava contratos com o Ministério do Turismo e entidades do Sistema S –que inclui entidades paraestatais como Sesc, Senac, Sesi e Senai.
A PF ainda não divulgou o nome de todos os empresários que estariam envolvidos no esquema. Entre eles está Luiz Otávio Gomes Vieira da Silva, 1 dos donos da empresa Aliança Comunicação, que já havia sido preso pela em 2013.
Na operação, denominada Fantoche, são executados 40 mandados de busca e apreensão e 10 mandados de prisão temporária, nos estados de Pernambuco, Minas Gerais, São Paulo, Paraíba, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Alagoas.
Os crimes investigados são: fraudes licitatórias, associação criminosa e lavagem de ativos contra a administração pública. As investigações são respaldadas pelo TCU (Tribunal de contas da União).
A atuação do grupo consistia na utilização de entidades de direito privado, sem fins lucrativos, para justificar celebração de contratos e convênios diretos com o Ministério e Unidades do Sistema S.
Os contratos, em sua maioria, eram voltados para a realização de eventos culturais e de publicidade superfaturados. Os recursos eram posteriormente desviados em favor do núcleo empresarial por intermédio de empresas de fachada.
As medidas foram determinadas pela 4ª Vara Federal da Seção Judiciária de Pernambuco, que ainda autorizou o sequestro e bloqueio de bens e valores dos investigados.
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