A comunidade da Liberdade, em São Luís, será beneficiada com ações de combate ao tráfico. De acordo com o levantamento estatístico do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (CAPS-AD), divulgado esta semana, este é um dos nove bairros com maior incidência de usuários atendidos neste semestre, contabilizando 56 no total de 2.700 pacientes.
“Queremos contar com a parceria das pessoas e dos líderes comunitários para orientar crianças e jovens a não ingressar no mundo das drogas. Vamos visitar todas as localidades, reunir com líderes das igrejas, comunitários e pessoas da região para orientar quanto aos males causados pelo crack”, justificou o diretor do CAPS, Marcelo Soares Costa, em reunião, esta semana, na Igreja Batista.
Os bairros que mais tiveram usuários atendidos foram João Paulo (100), São Cristovão (113), Coroadinho (125), Liberdade (56), Anjo da Guarda (130), Cidade Operária (80), Cidade Olímpica (90), Vila Embratel (60) e Barreto (55). “Embora tendo CAPS nos municípios, 70 usuários de crack de São José de Ribamar e 20 de Paço do Lumiar também buscaram tratamento em São Luis – o que corresponde respectivamente a 15 e 10% dos nossos atendimentos”, ressaltou Marcelo Soares.
O relatório apresentado é parte de um levantamento feito em torno das localidades que mais apresentaram pacientes encaminhados à unidade, ou atendimentos e ações realizados in loco.
Marcelo Soares explicou que o crack acelera os batimentos cardíacos, aumenta a pressão arterial e provoca arritmias, enfartes, hemorragias cerebrais e morte. Degenera os músculos e os ossos, e dá aparência esquelética ao usuário: ossos da face salientes, braços e pernas finos, costelas aparentes e dentes podres. Causa lesão nos pulmões que resultam em pneumonia, tuberculose, infecções nos brônquios e paradas respiratórias. Afeta o estômago e os intestinos, causa náusea, dor abdominal e perda de apetite. Ataca os rins e o fígado.
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