Cientistas coreanos acreditam ter descoberto uma fórmula para a longevidade nos homens, mas por um preço alto.
Pesquisadores descobriram que eunucos (termo que define homens castrados) que moravam na Coreia séculos atrás viveram uma ou duas décadas a mais do que outros homens.
A descoberta sugere que os hormônios masculinos são responsáveis por encurtar a vida dos homens.
O estudo, realizado pela Universidade de Inha, foi publicado no jornal “Current Biology” e analizou a genealogia de nobres que viveram na corte imperial da dinastia Chosun (de 1932 a 1910).
“Esta descoberta acrescenta uma pista importante no entendimento do por que existe uma diferença na expectativa de vida entre homens e mulheres”, disse Kyung-Jin Min, um dos pesquisadores da Universidade.
De acordo com a pesquisa, os garotos castrados na Coreia perderam seus órgãos reprodutivos em acidentes, normalmente após levarem uma mordida de um cachorro.
Em outros casos a castração era proposital, por dar acesso ao palácio, já que os monarcas achavam que podiam confiar a eles suas mulheres e famílias. Apesar disso, os eunucos podiam se casar e adotar garotos castrados ou garotas.
Min e seu colega Cheol-Koo Lee, da Universidade da Coreia, descobriram que os castrados viviam de 14 a 19 anos a mais que outros homens.
Entre 81 estudados, três chegaram a viver até 100 ou mais, número alto até para países desenvolvidos hoje.
Os dois cientistas argumentam que a longevidade não pode ser explicada por causa dos benfícios da vida no palácio, já que os registros mostram que homens da família real tiveram uma vida curta, morrendo por volta dos 40 anos. Além disso, os eunucos passavam a mesma quantidade de tempo dentro e fora do palácio.
“A testosterona é conhecida por aumentar a incidência de doenças coronárias e reduzir a imunidade em homens”, explicou Min.
O estudo diz ainda que a diferença entre eunucos e outros homens também pode ser relacionada ao estilo de vida.
Cheol-Koo Lee, explicou que homens castrados costumam ser menos violentos e tendem a evitar situações que podem oferecer danos físicos.
Depois das descobertas, a dupla de cientistas pretende expandir as pesquisas para as culturas chinesa e otomana.
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