Este post sobre o Metrô do Cariri é uma explicação ao prefeito João Castelo sobre o tal VLT que ele está fazendo de “cavalo de batalha” na tentativa de conseguir se eleger para mais quatro anos de mandato. Quando no programa Abrindo o Verbo da Rádio Mirante AM, que tenho a honra de apresentar, disse que este veículo trazido com estardalhaço, e de acordo com o alcaide é novidade para São Luís, a Região do Cariri serviu de exemplo para as demais cidades que estão com projetos para implantar o VLT.
Os vagões são fabricados na cidade de Barbalha no Ceará, e na confecção dos mesmos, são utilizados ônibus de turismo e mesmo de linhas interestaduais retirados de circulação por não atenderem mais as especificações técnicas para continuar rodando. Daí, a fábrica em Barbalha aproveita e faz os vagões do VLT, por um custo menor, vendendo para os demais estados e cidades interessadas em implantar o VLT ( Veículo Leve Sobre Trilhos). O prefeito João Castelo s não sabe ou não quer saber, que todo este sistema do VLT, não é só espalhar pedra brita e colocar os trilhos em cima. Tem todo um projeto de construção da linha férrea, além de equipamentos modernos para a movimentação das composições. Não basta comprar um vagão; é preciso muito mais que isso. Abaixo confira matéria, publicada em 11 de março de 2011. Boa leitura e veja as fotos.

VLT de São Luís é construído em Barbalha no Ceará.Esta foto a direita é do metrô de São Luís.

Metrô do Cariri é do Cariri mesmo. Os 13,6 quilômetros da linha entre Crato e Juazeiro do Norte, no Vale do Cariri cearense, são percorridos por carros de passageiros fabricados em Barbalha, bem perto de ambas as cidades – e que completa o trio de municípios tornados um só na sigla “Crajubar”. É nesse núcleo no sul do Ceará que fermenta a ambição brasileira de fazer ressurgir com força o transporte de pessoas por linha férrea.A foto a esquerda é do VLT do Ceará.

A Bom Sinal é a fabricante dos trens. E não só deles: originalmente, a fábrica produzia carteiras escolares, móveis para hospitais e assentos para estádios. Em 2004, a empresa foi consultada sobre a possibilidade de reformar carros de passageiros do metrô de Fortaleza – e deu no que se vê hoje. A produção de carteiras, móveis e assentos continua, mas agora divide as atenções com os Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs, modalidade de transporte ferroviário, com capacidade menor que a de um metrô convencional, e que é a definição técnica mais adequada para os carros da linha de Crato a Juazeiro).

A proposta surgiu porque a Bom Sinal, a despeito das credenciais, tinha relação com o mundo dos transportes. Fernando Marins, fundador da companhia, foi sócio da fabricante de carrocerias de ônibus Caio. O know-how da montagem dos ônibus foi passado à dos trens – chassis e motor, movidos a diesel, são adaptações de modelos usados em ônibus. Marins, tio do piloto de Fórmula 1 Felipe Massa, faleceu em 2010, mas seu legado na nova frente de trabalho segue em ascensão.

A carteira de pedidos da Bom Sinal tem carros de passageiros para projetos de VLT de Fortaleza, Sobral (CE), Recife, Maceió, Arapiraca (AL) e Macaé (RJ). A empresa trabalha para alcançar a capacidade de produzir um equipamento por semana – e, com isso, dará vazão à demanda crescente. “Estamos trabalhando 24 horas por dia”, diz Sidnei Anphilo, gerente da fábrica de Barbalha. A fábrica tem cerca de 300 funcionários, mas há profissionais sendo treinados para assumir novas vagas. Os VLTs montados na Bom Sinal são movidos a diesel, mas a empresa tem entre seus planos o de adequar suas instalações para a montagem também dos trens com tração elétrica.

O “Crajubar” pode ampliar sua relação com o transporte ferroviário. Está na alça de mira da Companhia Cearense de Transportes Metropolitanos (Metrofor), empresa do governo estadual que administra o Metrô do Cariri, o plano de estender a ligação entre Crato e Juazeiro do Norte também para Barbalha, segundo Antonio Chalita de Figueiredo, gerente de controle e tráfego da empresa. Até o momento, o Metrô do Cariri já recebeu R$ 31 milhões em investimentos.

Sucesso à Bom Sinal é o desejo do sindicato. Bom que esteja desenvolvendo modelos com tração elétrica, e ainda melhor com tração a hidrogênio.

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